Aqui, a tentativa de revelar aspectos do cotidiano, alternando os assuntos e os escritores. Para isso foi melhor optar desvencilhar-se de preocupações formais de redação, forma do texto e demais exigências, certo?

domingo, 4 de março de 2012

Será que me comportei bem?

Olha nossa mesinha pro after do Cirque:




Não tava suuuuper light, mas tb não tava destruíndo, não acham? Rsrs... Não tinha fritura, nem carnes gordurosas. Vamos ao que tinha aí nesses pratinhos: salaminho, queijo feta, azeitonas pretas, patê de atum, torradinhas, chips Pringles sabor queijo, e o que mais amei: espetinho de queijo, manjericão fresco e tomatinho orgânico (o que eu mais comi). Tinha refrigerante (não tomei), vinho (não tomei) e cervejinha (bebi beeem pouco - pessoas emocionalmente afetadas como eu, não podem se empolgar e mesmo com pouco quaaase fiz bobeira, hihi).

Ontem resolvemos nos reunir pra conversar a toa, jogar conversa fora, brindar ao novo apartamento da nossa amiga Carol, à tese de mestrado (que está em andamento) da Camila e ao apoio moral que elas resolveram me dar, afinal, amigas são pra isso também, não é? Morar sozinha não é nada fácil... O bom é que a gente se diverte bastante sem precisar se acabar na balada, porque já passei dessa há algum tempo.

E aqui estamos nós: Cris, eu, Camila e nossa anfitriã maravilhosa e querida Carol (esq. p/ dir.):

Fé na tábua!

Feliz por nada.





"Achamos que sabemos o que o amor da nossa vida sente por nós, baseados em suas declarações afetuosas, seus olhares ternos, suas gentilezas intermináveis e sua permanência, mas isso diz tudo mesmo? Nem sempre temos conhecimento das carências mais profundas daquele que vive sob nosso teto, e não porque ele esteja sonegando alguns de seus sentimentos, mas porque nem ele mesmo consegue explicar para si mesmo o que dói e o que ainda lhe falta.

Achamos que sabemos quais são as melhores escolhas da nossa vida, e é verdade que alguma intuição temos mesmo, mas certeza, nenhuma. Achamos que sabemos como será envelhecer, como será ter consciência de que se está vivendo os últimos anos que nos restam, como será perder a rigidez e a saúde do corpo, achamos que sabemos como enfrentar tudo isso, mas que susto levaremos quando chegar a hora.

Achamos que sabemos o que pensam as pessoas que nos fazem confidências. Aceitamos cada palavra dita e nos sentimos honrados pelas informações recebidas, sem levar em conta que muito do que pode estar sendo dito pode ser da boca pra fora, uma encenação que pretende justamente mascarar a verdade, aquela verdade que só sobrevive no silêncio de cada um.

Achamos que sabemos decodificar sinais, perceber humores, adivinhar pensamentos, e às vezes acertamos, mas erramos tanto. Achamos que sabemos o que as pessoas pensam de nós. Achamos que sabemos amar, achamos que sabemos conviver e achamos que sabemos quem de fato somos, até que somos pegos de surpresa por nossas próprias reações.

Achar é o mais longe que podemos ir nesse universo repleto de segredos, sussurros, incompreensões, traumas, sombras, urgências, saudades, desordens emocionais, sentimentos velados, todas essas abstrações que não podemos tocar, pegar, nem compreender com exatidão. Mas nos conforta achar que sabemos."

(Martha Medeiros)



Essa é a minha dica de livro pra essa semana! ;)